Campanha Promovida pela Rede WWF em todo o Mundo.
Brasília
Música, esporte e atitude marcaram a Hora do Planeta na capital do Brasil. Pontualmente, às 20h30, na entrada principal do Terraço Shopping, foi realizado um show musical com o performático grupo de percussão Patubatê, praticamente às escuras, já que o shopping havia apagado a iluminação da fachada. "Os lojistas também aderiram à campanha, deixando acesas apenas as luzes de emergência", contou Renata Monnerat, gerente de marketing do shopping.
A apresentação serviu, ainda, de trilha sonora para um aulão de spinning comandado pelo professor André Sá, da Academia Júlio Adnet. A plateia, formada principalmente por moradores do Cruzeiro e Sudoeste, vibrou com o ritmo contagiante do grupo musical e com a euforia dos atletas. "Vim porque adoro o Patubatê, mas também é importantíssimo participar da Hora do Planeta que deveriam ter apagado mais luzes e por mais tempo", disse.
Muitas famílias que circularam pelo local ficaram sabendo do evento pela televisão. A professora Carla Simon, acompanhada de dois filhos adolescentes, estava bastante empolgada com o show, mas um pouco decepcionada com falta de consciência de alguns cidadãos. "O evento está maravilhoso. Apaguei as luzes de casa na hora certa e vim correndo pra cá. Só fiquei um pouco triste quando observei que havia ainda muitas luzes acesas na minha casa", afirmou.
Do outro lado da cidade, na Asa Norte, o Café da Rua 8, um dos pontos boêmios mais badalados daquela região, também promoveu um evento especial para a Hora do Planeta. A casa recebeu o músico Jaime Ernest Dias e a cantora Célia Rabelo que fizeram uma apresentação à luz de velas.
A recepção do público foi além das expectativas, segundo a proprietária do café, Eva Pimenta. "Às 20h30, tivemos a visita dos Carcarás, grupo de motociclistas. O palco foi iluminado por uma Harley Davidson. Os clientes gostaram tanto que preferiram seguir a noite com a luz das velas".
Algumas pessoas foram ao local também porque sabiam do evento. Foi o caso de Selma Nabuco, funcionária do Ministério das Relações Exteriores, que estava acompanhada de quatro amigos. "Vim pela Hora do Planeta! Foi uma idéia ótima juntar música com esse clima de consciência ambiental, comentou.
Curitiba
A manifestação global Hora do Planeta, promovida pela Rede WWF contra o aquecimento global, encontrou forte eco em Curitiba, capital paranaense. Liderado pelo HSBC e pela Fundação O Boticário, o movimento conseguiu a adesão da prefeitura de empresas, restaurantes e espetáculos de teatro que participam da Mostra Oficial do Festival de Curitiba.
O HSBC, um dos patrocinadores da Hora do Planeta no Brasil, não somente apagou vários de seus escritórios como promoveu um animado evento em sua sede, recebendo entre os convidados, o vice-presidente do WWF-Brasil, Haakon Lorentzen, e o Coral das Crianças do HSBC, meninos e meninos que vivem em lares adotivos, apoiados pelo Instituto HSBC de Solidariedade.
O HSBC e seu programa global ambiental HSBC Climate Partnership, conduzido em parceria com o WWF-Brasil e outras ONGs, promoveu uma intensa mobilização, que incluiu o envio de meio milhão de e-mails a clientes, publicidade na mídia, campanha interna, adesivagem de sua sede no Palácio Avenida – um ícone da cidade de Curitiba. Todos os canais de comunicação do HSBC foram utilizados: HSBC TV, e-mail marketing, intranet, internet, screen savers.
América Latina
Um dos patrocinadores oficiais da Hora do Planeta no Brasil, o HSBC – que tem sede nacional em Curitiba – recebeu a incumbência da sede mundial de liderar o movimento nas agências em toda a América Latina. Nada menos que 28% de todos os prédios do banco na região foram apagados, com destaque para o Chile, que ainda se recupera da catástrofe do terremoto ocorrido no país.
Em todo o Brasil, 12% dos próprios do banco foram apagados, totalizando 80 mil m2 de área construída em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, num total de 12 centros administrativos. Além disto, 682 agências do HSBC divulgaram o evento.
Agitando a noite
Com enorme influência em Curitiba, a Fundação O Boticário de Proteção à Natureza usou toda a sua capacidade de mobilização para agitar a noite da Hora do Planeta na capital paranaense.
A fundação articulou não somente a participação da Prefeitura Municipal, que promoveu o apagão em 12 ícones da cidade, como também envolveu a iniciativa privada – restaurantes, empresas – e do meio artístico: sete espetáculos participantes do Festival de Curitiba (teatro) promoveram o apagão simbólico por um minuto, em apoio à campanha. Ao todo, mais de 20 parceiros mobilizaram-se na cidade.
O curitibano assistiu o apagar das luzes em 12 ícones da cidade, além do Palácio Avenida, do HSBC: Estufa do Jardim Botânico, Teatro do Paiol, Fachada do Paço da Liberdade, Fonte dos Anjos, Torre da Biodiversidade, Torre Panorâmica, Monumento de Bambu na Linha Verde, Fonte da Praça Santos Andrade, Fonte da Praça Generoso Marques, Portal de Santa Felicidade, Pista de Atletismo da Praça Osvaldo Cruz e Cancha Polivalente da Praça Ouvidor Pardinho.
Acre
O Acre é conhecido mundialmente, dentre outros aspectos, pela biodiversidade e pela história de luta em defesa da conservação e dos povos da floresta. O estado que deu para o mundo líderes como o seringueiro Chico Mendes e que dá exemplos de desenvolvimento com sustentabilidade, participou ativamente da Hora do Planeta 2010.
Com a adesão do Governo Estadual e da Prefeitura de Rio Branco ao movimento, a capital acreana ficou às escuras por uma hora para participar da maior mobilização mundial em defesa do meio ambiente e de alerta ao aquecimento global. Foram apagadas as luzes do Palácio Rio Branco – sede do governo –, a Assembleia Legislativa e o Horto Florestal, onde está instalada a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Além dos edifícios públicos, centenas de residências também tiveram as luzes desligadas pela população, em uma adesão espontânea ao movimento. O governador do Acre, Binho Marques, classificou a mobilização como um sucesso.
“O Acre está na vanguarda de combater o desmatamento e de valorizar a floresta, isso está em nossa história. Estamos comprometidos com a construção de uma economia de baixo carbono e nossa participação na Hora do Planeta vem reforçar esse trabalho”, descreveu o governador.
Belém
Belém, capital do Pará, se uniu ao resto do mundo para celebrar a Hora do Planeta, que pelo segundo ano consecutivo mobiliza as nações em torno da questão ambiental, em especial as mudanças climáticas decorrentes da intervenção humana em diferentes ecossistemas, como a Amazônia. Por uma hora, as cidades envolvidas nessa causa apagaram suas luzes para mostrar aos líderes mundiais sua preocupação com o tema.
Em Belém, o 'apagão ecológico' aconteceu entre 20h30 e 21h30, e contou com contagem regressiva para o momento mais esperado da noite. A Prefeitura Municipal apoiou a mobilização que organizou um ato simbólico em frente ao Mercado de São Brás.
O diretor geral da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Belém, Celso Botelho, explicou que objetivo do evento é apoiar a iniciativa do WWF-Brasil. “Esta organização não governamental vem alertando a sociedade para a questão do aquecimento global, e devemos estar mais conscientes sobre os problemas do meio ambiente”, enfatizou Botelho.
Pelo palco montado em frente ao Mercado Municipal passaram várias atrações, numa noite marcada por apresentações de dança, culto ecumênico e show de bandas de rock.
A participação da capital paraense no evento, segundo o presidente da comissão de meio ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil, José Carlos Lima, era imprescindível. "Belém não poderia deixar de aderir à Hora do Planeta. Como moradores da Metrópole da Amazônia, é nossa obrigação nos questionarmos sobre que mundo pretendemos deixar para as futuras gerações e de que forma podemos contribuir para preservar o meio ambiente”, concluiu José Carlos.
A turismóloga Caroline Oliveira, de 24 anos, fez questão de ressaltar a expectativa que o evento gerou entre a vizinhança do Mercado de São Braz. "Reuni os amigos para este momento, nós sabíamos o quanto era importante fazer parte desse movimento contra o aquecimento global”. A mesma alegria foi compartilhada pelo Grupo Escoteiro Grão Pará, com presença maciça dos componentes, de várias idades, para mostrar que são amantes da natureza.
A programação da noite contou ainda com um culto ecumênico em defesa do planeta, quando foram entoados cânticos de louvor. Em seguida foi exibido um vídeo que mostrou os impactos da ação predatória do homem sobre o meio ambiente e as consequências das mudanças climáticas. Na hora do “apagão” o grupo de Expressão Pará Folclórico Sabor Marajoara convidou todos a dançarem ritmos tipicamente paraenses. A programação terminou com a apresentação de bandas de rock.
Sobre o mercado de São Brás
Na Praça Floriano Peixoto, próximo à antiga "Estação de Ferro de Bragança", foi construído o mercado de São Brás, na primeira década do século XX, em função da grande movimentação comercial gerada pela ferrovia Belém/Bragança. Na mesma época, o intendente Antônio Lemos estabeleceu uma política para descentralizar o abastecimento da cidade, até então concentrado no Ver-o-Peso.
O abastecimento começou a ser expandido para os bairros, a exemplo do que ocorreu em São Brás. O mercado de São Brás foi inaugurado no dia 21 de maio de 1911, em estilo art nouveau e neoclássico. Em suas dependências, funcionam lojas de artesanato, produtos agrícolas, domésticos e vestuário.
São Paulo
O lugar escolhido não poderia ser mais apropriado. O recém inaugurado Parque do Povo, no bairro paulistano de Itaim Bibi, é um novo espaço de lazer para os moradores de São Paulo, com suas pistas de corrida, quadras esportivas, bancos e jardins com árvores ainda em fase de crescimento, fruto de um projeto de restauração concluído em setembro de 2008.
E foi no Parque do Povo, um oásis cercado pelos arranha-céus da grande metrópole brasileira, que São Paulo celebrou a Hora do Planeta.
No pequeno palco montado na marquise da administração do parque, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o Conselheiro e o vice-presidente de Finanças e Controle do WWF-Brasil, Carlos Castanho, acionaram a maquete de um interruptor gigante simbolizando o apagar das luzes de São Paulo.
Em vários cantos da cidade, monumentos tiveram suas luzes apagadas, um gesto repetido por muitos moradores que aderiram ao movimento da Hora do Planeta. Simultaneamente, foram apagadas as luzes de monumentos conhecidos de São Paulo, como a Ponte Estaiada, Monumento às Banderas, Obelisco e o Viaduto do Chá.
Antes do gesto simbólico, as autoridades falaram do significado desse movimento que começou em 2004 e que a cidade de São Paulo participou pela segunda vez. "Este é um momento muito especial para São Paulo. Com esse gesto, a maior cidade do país dá o seu exemplo, apagando a luz para refletir sobre a necessidade de conservar o nosso planeta", disse o prefeito Gilberto Kassab.
O Conselheiro do WWF-Brasil, Carlos Castanho, ressaltou que a luta contra o aquecimento global é uma das bandeiras da Hora do Planeta e que nesse quesito, o Brasil ainda tem muito caminho a percorrer para melhorar.
"Infelizmente, o Brasil ainda ocupa um lugar preocupante no ranking dos maiores emissores de gases de efeito estufa, principalmente devido ao desmatamento", disse Castanho, ressaltando que questões como a redução do desmatamento e a conservação dos ecossistemas aquáticos e terrestres também fazem parte da Hora do Planeta no Brasil.
Na platéia, assistindo com atenção, destacava uma presença ilustre, o senhor Paulo Nogueira. Presidente Honorário do WWF-Brasil, ele é um ambientalista da 'velha guarda', que começou sua militância quando a questão ambiental era vista com estranhamento.
E de poucos. "Se juntássemos todos não encheriam um microônibus", recorda Nogueira, lembrando daqueles tempos quando meio ambiente nem entrava nas pautas de discussão.
Secretário de Meio Ambiente durante quatro mandatos (de 1974 a 1986) ele diz que se sente feliz em ver que as sementes lançadas por pioneiros com ele muito tempo atrás estão dando frutos.
Mas acha que ainda há muito caminho a percorrer. "A nossa luta não terminou. Ainda há muito para fazer pela conservação ambiental. Fazer valer o protocolo de Kyoto é um desses desafios", destacou.
Se depender da jovem guarda, a semente lançada pelo Dr. Paulo Nogueira ainda vai continuar dando frutos e ganhando novos adeptos. O jovem estudante do quinto ano de Arquitetura, Enrico Oliveira, é um desses seguidores. Ele que mora em Interlagos, um bairro bem distante ao parque, percorreu uma longa distância para se unir ao público paulistano nessa manifestação em favor do planeta.
Enrico conta que pretende usar o seu trabalho como arquiteto para ajudar a preservar o meio ambiente. "Acredito que a arquitetura pode contribuir muito, principalmente oferecendo soluções que sejam menos danosas para o meio ambiente, no que se refere às construções e a urbanização da cidades", disse o jovem.
As gêmeas Bruna e Júlia, de 5 anos, assistiram atentas ao evento, sentadas com os pais, Maurício Falsetti e Ana Claudia, em frente ao palco. Bruna, a mais falante das duas diz porque considera importante não jogar lixo no chão e não poluir os rios e os mares. "Se sujar o mar e o rio o peixinhos podem morrer", diz na sua linguagem simples de criança.
O pai Maurício conta que moram em frente ao parque e que apagaram a luz às 20h30 e depois foram participar da festa. "Acho importante eles terem contato com a questão ambiental desde cedo", diz. Pelo visto, novas sementes estão começando a germinar. Que elas se multipliquem ao ponto de não precisarmos mais ter uma Hora do Planeta, pois todos os dias serão dias do planeta.
Rio de Janeiro
8h30, 27 de março, Rio de Janeiro. “Esse gesto de apagar as luzes chama a atenção para o fato de que cada um pode fazer a sua parte pelo planeta, e esse pensamento está crescendo. A Hora do Planeta é um apagão do bem para as pessoas se iluminarem sobre a necessidade de preservar o meio ambiente”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, no evento oficial da Hora do Planeta no Jardim Botânico.
Depois das palavras do ministro, da conselheira do WWF-Brasil Cinthya Howlett, do presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Liszt Vieira, do presidente do Conselho Diretor do WWF-Brasil, Álvaro de Souza, do vice-presidente de tecnologia e logística da Coca-Cola Brasil, Rino Abondi, e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi desligado o interruptor simbólico das luzes dos monumentos ícones da Hora do Planeta 2010 na cidade.
Imediatamente, ficaram no escuro Jardim Botânico, Cristo Redentor, Jockey Club, orla de Copacabana, Pão de Açúcar, Fiocruz, Arpoador e Igreja Nossa Senhora da Penha, além das casas de muitos cariocas que participam do movimento global que acontece pela segunda vez no Brasil.
Boa surpresa
Quem estava desavisado se surpreendeu com a iniciativa e recebeu a mensagem sobre a necessidade de preservação dos ecossistemas e a gravidade do aquecimento global. “Eu estava com meu filho brincando na areia e de repente apagou tudo. Tomamos um susto, mas quando soube o que era fiquei muito feliz, porque realmente precisamos ajudar o planeta”, diz Pedro Pedrosa, que presenciou o apagão na praia de Copacabana.
Já aqueles que participaram do movimento global celebraram o apagar das luzes e apreciaram a cidade com um cenário diferente em diversos pontos. Ana Almeida Magalhães, também em Copacabana, conta que se emocionou com a Hora do Planeta. “Fiquei muito sensibilizada ao pensar que o mundo faz isso junto. O planeta não aguenta mais e dá provas disso o tempo todo”, diz.
Enquanto o grupo de dança Intrépida Trupe se apresentava à luz de velas aos presentes no Jardim Botânico, um grupo de pessoas mobilizadas pela organização não governamental Energy Marcon fazia uma vigília à luz de velas na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Nos restaurantes Via Sete, Restô Ipanema e Zazá Bistrô os clientes jantaram à luz de velas. “O jantar está ótimo e é muito bom passar essa mensagem para filhos e netos. Sou muito fã de gestos simbólicos que falam alto silenciosamente”, conta a argentina Fabiana Magun, que jantou no Via Sete, em Ipanema.
“O WWF-Brasil está muito satisfeito com a receptividade dos brasileiros para a Hora do Planeta 2010, que superou as marcas do ano passado. É por meio de movimentos como esse que a sociedade diz aos governantes que eles precisam agir pelo planeta”, disse Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.
“Cada ano mais gente participa desse movimento global, o que é sinal de que consciências estão se acendendo”, afirmou o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc.
Para o prefeito da cidade, Eduardo Paes, “é uma honra sediar a Hora do Planeta. O Rio de Janeiro depende diretamente do respeito ao meio ambiente porque um dos pontos altos da cidade é a qualidade de vida que oferece, e temos que fazer de tudo para preservar isso”.
Rio de Janeiro. A Hora do Planeta passou, os monumentos se acendem novamente, e a cidade volta ao que era antes. Mas nem tanto. A mensagem da urgência de se cuidar do planeta permanece para os moradores da cidade.
BAN KI MOON, secretário-geral da ONU
“A mensagem da Hora do Planeta é simples. As mudanças climáticas são uma preocupação de cada um de nós. As soluções estão ao nosso alcance e prontas para serem implementadas por indivíduos, comunidades, empresas e governos ao redor do planeta”.
“A Hora do Planeta é ao mesmo tempo um alerta e uma luz de esperança. Ao desligar luzes não essenciais por uma hora, as pessoas se unem em um ato simbólico que pode inspirar as mudanças que tanto precisamos”.
“Enquanto assistimos às luzes apagando de continente em continente, vamos refletir sobre a fragilidade e a importância da nossa herança natural e assumir um compromisso de proteger essa herança para um futuro sustentável para todos”.
JIM LEAPE, diretor-geral da Rede WWF
“Esta noite, centenas de milhões de pessoas levantam suas vozes ao desligar suas luzes. É um ato simples, mas uma chamada à ação poderosa”.
"Os cidadãos de Pequim se juntaram a milhões de pessoas que demonstraram sua preocupação sobre as mudanças climáticas. A população chinesa não só conhece como sente as ameaças das mudanças climáticas e, por isso, quer ver ações concretas para combater o problema”.
ANDY RIDLEY, fundador da Hora do Planeta
“Quando a Hora do Planeta começou em 2007, em Sidney, nós nunca, nem em nossos mais loucos sonhos, imaginávamos que se espalharia dessa forma. Os cidadãos do mundo sabem que é hora de agir. O planeta não pode esperar”.
“Mais e mais pessoas do mundo, mais e mais empresas e mais e mais comunidades querem agir e ver seus líderes trabalhando por uma solução para um mundo melhor e mais saudável”.
DENISE HAMÚ, secretária-geral do WWF-Brasil
“O WWF-Brasil está muito satisfeito com a receptividade dos brasileiros para a Hora do Planeta 2010, que superou as marcas do ano passado. É por meio de movimentos como esse que a sociedade diz aos governantes que eles precisam agir pelo planeta”.
CARLOS MINC, ministro do Meio Ambiente
“Cada ano mais gente participa desse movimento global, o que é sinal de que consciências estão se acendendo”.
ARCEBISPO DESMOND TUTU, sul-africano ganhador do Prêmio Nobel da Paz
“Se houvesse uma única hora que importasse e um único nome que contasse, seria a Hora do Planeta”
Mais cedo, o arcebispo descreveu as mudanças climáticas como “a maior crise induzida pelos humanos que o mundo enfrenta atualmente. Essa crise não discrimina raça, cultura, ou religião. Afeta todos os seres humanos do planeta”.
DAVID NUSSBAUM, secretário geral do WWF-Reino Unido
“Sabemos que uma única hora, uma vez por ano, não é suficiente. Mas também sabemos que não há chamada à ação global maior que esteja acessível apenas com um interruptor. Nós acreditamos firmemente que a Hora do Planeta vale a pena”.
WOJCIECH STEPNIEWSKI, Programa de Clima do WWF-Polônia
“Temos apenas cinco anos para transformar radicalmente nossa economia e levá-la para os trilhos do desenvolvimento verde. Se não fizermos isso, teremos que enfrentar as consequências catastróficas das mudanças climáticas”.
"Os ponteiros do relógio estão rodando, e o tempo que nos sobra vai passar tão rápido quando a Hora do Planeta".
ROGER CICERO, músico de jazz alemão
"A Rede WWF está completamente certa. Todos podemos contribuir, e eu estou muito feliz porque cada contribuição faz a diferença".
GREG BOURNE, secretário-geral do WWF-Austrália
“Graças à Hora do Planeta, todo o mundo pode ver que todo mundo está preocupado com as mudanças climáticas”.
CLOVER MOORE, prefeito de Sidney
“A Hora do Planeta conclama uma ação global e convoca as pessoas a mudar o que fazem em seu dia a dia”.
“A Hora do Planeta diz respeito ao que fazemos pessoalmente e ao que esperamos mudar em nossos líderes de governo”
PEDRO ALMADOVAR, diretor de cinema espanhol
“As mudanças climáticas são a maior ameaça ambiental que estamos enfrentando”.
Hora do Planeta é celebrada em 11 fusos horários na Rússia
Os cidadãos de Moscou comemoraram animadamente a Hora do Planeta ao som do grupo convidado de percussão STOMP - conhecido mundialmente por usar objetos do dia-a-dia como instrumentos musicais e, especialmente, por seu uso de tampas de latas de lixo. Realizaram uma aula para os presentes e um concerto como parte do seu tour pela Europa do Leste.
No entanto, a Hora do Planeta começou neste país, o maior do mundo, 11 fusos horários mais cedo, com cidadãos de Petropavlosk-Kamchatksky apagando suas luzes na mesma hora que os cidadãos de Fiji. Pela primeira vez, os Mongóis também se juntaram à Hora do Planeta reunindo um grupo incrível - e bem resistente considerando as temperaturas gélidas do momento - de 3.000 pessoas na Praça Sukhbaatar na capital Ulaan Batar.
Esses dois países participaram do movimento global Hora do Planeta que reúne centenas de milhões de pessoas em mais de 4.000 cidades e comunidades em 125 países.
Na capital cazaque Astana, as luzes se apagaram no monumento nacional Astana-Baiterek, como também em vários prédios públicos incluindo o Palácio Presidencial, a Corte Suprema e o Palácio da Independência. Cerca de 90 cidades cazaques aderiram à campanha da Hora do Planeta.
A maioria das pontes famosas de Moscou se juntaram à Prefeitura, Universidade de Moscou e Arena de Esportes de Lujniki e outros ao apagarem suas luzes durante a Hora do Planeta. As luzes também se apagaram na Pequena Arena de Esportes de Lujniki.
Ação presidencial no Paquistão e nas Maldivas
O Presidente e o Primeiro Ministro apagaram as luzes de suas casas liderando a primeira participação do Paquistão na Hora do Planeta, se juntando aos cidadãos de Islamabad, Karachi e Lahore. "A conservação de recursos naturais e bens essenciais é crítico para criar um ambiente sustentável", afirmou o Presidente Asif Ali Zardani. A Assembléia Nacional e várias cadeias de hotéis se juntaram à Hora do Planeta no Paquistão.
O maior prédio do mundo apaga sua luzes para a Hora do Planeta
O petróleo pode ter muito bem financiado várias das maravilhas arquitetônicas da região ao redor do Golfo Pérsico, mas existem sinais de que os estados da região estão buscando participar da crescente economia de energias renováveis. Liderando o esforço está Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, agora construindo a eco-cidade Masdar. Lá, a mesquita Xeque Zayed - a maior da cidade podendo acolher 40.000 fiéis - será o ícone da mensagem da Hora do Planeta.
Não muito longe ao sul, em Dubai, o destaque foi a participação do maior prédio do mundo, com 828 metros, Burj Khalifa. Também participou o símbolo mais conhecido de Dubai, o hotel Burj Al Arab, conhecido como vela Árabe.
No Bahrein, a Torre Almoayyad, de apelido "Torre Negra", apagou suas luzes, bem como o Circuito Internacional do Bahrain onde ocorre a corrida de Fórmula 1 - admitidamente um pequeno gesto considerando as elevadas emissões do esporte.
Monumentos naturais - um incrível pano de fundo para a Hora do Planeta na África
Enquanto outros continentes concretizaram sua mensagem climática por meio de monumentos humanos, a África optou por monumentos naturais.
As Montanhas da Mesa, próximos à Cidade do Cabo, África do Sul, teve sua iluminação apagada e provavelmente foi o maior monumento natural a participar. As Cataratas de Victoria na fronteira entre o Zimbabwe e a República Democrática do Congo, as maiores do mundo, chegaram como próximo segundo.
"Se houvesse uma hora que importasse e um nome para descrevê-lo, seria este", afirmou o Arcebispo Desmond Tutu, vencedor sul-africano da Hora do Planeta. O Arcebispo havia descrito as mudanças climáticas como a "a maior crise de responsabilidade humana enfrentada pelo mundo hoje".
"Não descrimina raça, cultura e religião. Afeta todo os seres humanos de todo o mundo", disse ele.
As áreas com maiores dificuldades de acesso à eletricidade procuraram pôr maior ênfase em atividades ao invés do ato de apagar as luzes. Em Madagascar, restaurantes organizaram jantares a luz de velas e um carnaval de dia aconteceu nas ruas da cidade de Mada.
Estações de trem constituíram escolha predileta para apagar as luzes, já que são bem iluminadas, públicas e movimentadas.
No Quênia, o Centro Internacional de Conferência Kenyatta apagaram as luzes e organizaram um concerto de Achieng' Abura, cantor africano de jazz e também embaixador para o WWF Quênia.
Capital por séculos celebra a Hora do Planeta, uma ponte entre dois mundos
Istambul, uma cidade com um rico passado e que já foi capital sob os nomes de Bizâncio e Constantinopla, celebrou a Hora do Planeta apagando as luzes da Ponte Bosphorus que junta a Europa à Ásia. A ponte, inaugurada próximo ao 50º aniversário da República da Turquia em 1973, possui desde 2007 um sistema de luzes LED que produz um verdadeiro espetáculo visual no local.
Em outra parte da cidade, apoiadores da Hora do Planeta participaram de um concerto acústico a luzes de vela.
Os monumentos mais antigos da humanidade se juntam ao chamado
Monumentos antigos e repletos de segredos, a Esfinge e as Grandes Pirâmides de Guizé, Egito, bem como o Acrópole em Atenas permaneceram no escuro em ato para a sobrevivência das civilizações modernas. A Esfinge de Guizé, de 73,5 metros de altura, é a mais antiga escultura do mundo enquanto seu vizinho as Grandes Pirâmides é uma das poucas das sete maravilhas ainda em existência.
O Acrópole de Atenas, símbolo das primeiras democracias, simboliza a capacidade da humanidade de se superar.
A Grécia mostrou novamente sua incrível participação durante a Hora do Planeta, com 251 cidades participando. Em Tessalônika, a segunda maior cidade da Grécia, as luzes da estátua de Alexandre o Grande, que disseminou a cultura grega por uma grande área, se apagaram, bem como a Torre Branca, uma antiga fortificação otomana adotada como símbolo da cidade.
Apoio dos Bálcãs para a Hora do Planeta
Antes da Hora do Planeta, a Bulgária e a Romênia juntaram esforços para organizar um evento entre os dois países. Sob o nome de "Economia de baixo carbono - oportunidades de negócio e desafios", o evento foi organizado pelo WWF, o Conselho Britânico e as embaixadas britânicas de Sófia e Bucareste.
"Queremos conscientizar o setor privado já que enfrentar as mudanças climáticas requer uma transição para um economia de baixo carbono", afirmou Kanstantin Ivanov, Chefe de Comunicações e Marketing do WWF em Sófia. "Várias empresas estão aproveitando as oportunidades criadas pelas mudanças climáticas por meio de soluções inovadoras, enquanto aumentam seu volume de vendas e seus lucros", destacou.
Na noite, uma procissão de pessoas carregando velas e lanternas caminharam na parte central de Sófia e depois aproveitaram um concerto acústico no coração da cidade.
Na Bulgária, os prédios da Assembléia Nacional, o Palácio Nacional de Cultura e o Banco Nacional Búlgaro foram apagados para o evento.
Na Romênia, as luzes do Palácio do Parlamento, um dos prédios mais altos do mundo e certamente o maior prédio parlamentar, foram apagadas. Ele consome em uma hora o que uma casa consome normalmente em um ano, ou o que uma cidade de 20.000 pessoas consome em uma hora. As luzes do Palácio do Parlamento serão apagadas por Luminita Tanasie, o diretor do Programa Romeno do WWF para os Danúbio-Cárpatos, junto com Roberta Anastase, o presidente da Câmara de Deputados Romenos.
Outros prédios notáveis que serão apagados incluem o Athenaeum Romeno, a Casa de Ópera de Romênia em Bucareste e o Muséu Nacional de Artes.
Na Ucrânia, a capital Kiev liderou outras 16 cidades na adesão à Hora do Planeta pela segunda vez. Em Kiev, as luzes do movimento boulevard Kreschatik e do monastério ortodoxo cristão histórico Kievo-Pecherskaya se apagaram.
O centro histórico de Odessa, incluindo a Ópera e o quarteirão em frente ao mar, também ficaram às escuras. O dia todo, em Kiev, as pessoas podiam assistir a filmes no parque da cidade, projetadas com energias alternativas como eólica, solar e energia recebido por bicicletas elétricas movidas a esforço humano.
Cerca de 50 restaurantes da rede popular Kozyrna Karta ofereceram aos seus clientes um jantar a luz de velas ao redor da Ucrânia. Na cidade de Poltava, a Sociedade de Astronomia convidou as pessoas para um evento de "astronomia de rua" onde puderam olhar para estrelas com as luzes apagadas.
Na Sérvia, os Eco Mosqueteiros de Belgrado mais uma vez iniciaram atividades antes da Hora do Planeta. Armados com argumentos convincentes e material de divulgação da Hora do Planeta, eles pediram às transeuntes que apagassem suas luzes às 20:30. Em caixas da Hora do Planeta, eles coletaram mensagens a serem distribuídas às autoridades sobre a importância de enfrentar as mudanças climáticas.
Os Eco Mosqueteiros se juntaram a um dos monumentos do inventor Nikola Tesla (1856-1943). Um dos pais da energia comercial, Tesla foi "recrutado" como embaixador da Hora do Planeta por causa do seu jeito de pensar e sua pesquisa, fortemente influenciada pelo planeta.
O monumento de Nikola Tesla também "vestiu" uma camiseta da Hora do Planeta.
Na segunda maior cidade da Sérvia, Novi Sad, pessoas se aglomeraram na histórica Fortaleza Petrovaradin. No planetário, visitantes receberam uma palestra sobre as mudanças climáticas e foram convidados a olhar para um conjunto mais brilhante de estrelas.
Rede WWF
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