sábado, dezembro 12, 2020

No 72º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é possível celebrar – Defenda os Direitos Humanos!

 Dinalva Heloiza

O 72º aniversário da Adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU –  comemorado em 10 de Dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos – é sempre uma data à celebrar, e no Brasil não poderia ser diferente. Mas em 2020, por uma série de dados publicados, e muitos outros omitidos por órgãos responsáveis, é certo que pouco temos a celebrar, e muito a defender, e não poderíamos jamais nos omitir em informar e conscientizar sobre a importância da data, para que possamos ao menos esperançar que os próximos anos sejam mais plenos em dignidade, com o fortalecimento hoje, do imperativo que urge na  defesa e preservação da legitimidade dos direitos humanos, junto à todos os povos da Terra, nesse momento crítico, especialmente do Brasil.  

terça-feira, dezembro 08, 2020

Anastasia Divinskaya, Representante da ONU Mulheres Brasil, "A interseccionalidade dos direitos humanos é central para o nosso trabalho no Brasil"

 Dinalva Heloiza

Em 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU), proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos no Palais de Chaillot, em Paris, na França, como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações. Desde então, a data tem um símbolo histórico e vigente, em todos os dias de nossas vidas, e é nessa data, quando comemoramos o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Com a proximidade da data, somando-se a importância da Campanha de Combate à violência contra Mulheres, que teve início em 25 de Novembro indo até 10 de Dezembro, promovida pela ONU Mulheres, através de um leque de abordagens e ações, a exemplo dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência” e o “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres“ o que ocorre em um momento essencial, onde os casos de violência contra as Mulheres em todo o Brasil, demonstram um crescimento bárbaro, e faz-se imperativo que todos nós, sociedade, tenhamos um alinhamento à esse combate, razão pela qual ancoramos nossa entrevista de hoje.

 Ms. Anastasia Divinskaya - Representante da ONU Mulheres Brasil
Foto: cortesia ONU Mulheres Brasil

sábado, outubro 26, 2019

A relação entre o sexo como tabu e a violência sexual.

* By Jarid Arraes

É muito interessante a forma como nossa sociedade lida com o sexo: apesar do assunto ser abordado em todos os veículos midiáticos, seja nas revistas, nos filmes, ou na TV, ele ainda é considerado um grande tabu. O sexo é constantemente glamourizado, sempre com os mesmos discursos. E é assim que é feita a manutenção dos padrões; as mulheres continuam sendo objetificadas, os homens são pressionados a manter uma performance sexual impecável e o sexo continua a ser vendido como um produto que só pode ser obtido com o uso de carros, cosméticos e cervejas.

Mas em uma cultura onde retratar temas sexuais é tão habitual e rotineiro, é muito curioso que a sexualidade seja um assunto tão pouco discutido. Ao invés de celebrar, ou ao menos incentivar o debate livre sobre a sexualidade, os meios de comunicação – incluindo aqueles consumidos por adolescentes – dificilmente possuem qualquer valor didático. 

Todas as abordagens sobre o tema parecem focar na sensualidade de certos objetos ou situações e dificilmente deixam qualquer espaço para a possibilidade de discussão. E isso tem consequências severas para o bem estar da população, não somente em um nível individual, mas também em termos de coletividade.

Acontece que muitos dos problemas relacionados ao sexo que acometem a sociedade poderiam ser prevenidos se houvesse uma exposição maior sobre certos temas. Por exemplo, não é por acaso que os índices de violência sexual são tão altos: nem mesmo nas aulas de educação sexual é ensinado que quando um dos parceiros não quer, é estupro. 

sábado, agosto 18, 2018

Jornalismo Ético de Volta às Notícias.


Hoje em dia, os principais valores do jornalismo ético são mais importantes do que nunca, em meio à nossa luta por qualidade e democracia na mídia na era digital. Enquanto novas leis podem levar, potencialmente, à censura, é essencial haver um compromisso com a ética para construir uma relação de confiança com o público.



“Tech giants that dominate the public information space, such as Google, Facebook, Amazon and Twitter circulate information in a value-free environment,” says Aidan White. © Jugoslav Vlahovic

O jornalismo está mais dinâmico do que nunca. Hoje, o negócio das notícias é cada vez mais rápido, sofre mais pressão e é infinitamente mais complexo. A mídia aprendeu da pior maneira o quanto a revolução da informação – com todas as suas qualidades libertadoras – é uma faca de dois gumes.

Apesar de as mídias serem capazes de publicar histórias em todo o mundo em questão de segundos, e de as comunicações terem o potencial de construir comunidades mais fortes, mais informadas e mais comprometidas, os modelos de negócios que financiaram o jornalismo no passado estão quebrados e, em muitos casos, sem possibilidade de conserto.

Com menos dinheiro para pagar pelo jornalismo de interesse público, as redações lutam para manter sua base ética. Problemas que sempre estiveram no radar – viés político, influência corporativa indevida, estereótipos e conflitos de interesse – agora são ampliados.

Os últimos 15 anos testemunharam um declínio dramático no jornalismo de notícias, na medida em que a tecnologia alterou a forma de as pessoas se comunicarem e o funcionamento da indústria dos meios de comunicação. Hoje em dia, a maioria de nós lê notícias nos telefones celulares e nas plataformas online que ficaram ricas explorando os dados pessoais do público e, ao mesmo tempo, tomando espaços de propaganda lucrativos das mídias tradicionais.

terça-feira, junho 19, 2018

Cidadania, Dever e Direito de Todos

Educação é também um ato de Solidariedade!

O respeito ao próximo e o exercício dos bons hábitos de convivência urbana são as bases para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Atitudes simples, mas que nem sempre são colocadas em práticas por todos os cidadãos, são fundamentais para o convívio saudável nos grandes centros urbanos.

No transporte coletivo, respeitar assentos reservados a idosos, pessoas com deficiência, gestantes e mães com criança de colo. Num ônibus lotado, ceder o lugar a essas pessoas. Não furar filas; isso gera confusões bobas que podem se estender por um longo tempo. Ao dirigir, praticar o respeito ao trânsito e a direção defensiva (ou direção segura). A maioria dos acidentes é causada por negligência do homem, e não pelo acaso.

Ao ouvir música no carro ou no transporte coletivo, lembre-se de que há também outras pessoas ao redor. Por isso, ouça o rádio num volume razoável e fones de ouvido quando estiver em um ambiente público. Evite barulhos excessivos também dentro de casa, para não incomodar os vizinhos. Se houver problemas, converse educadamente ao invés de iniciar uma discussão.

Uma atitude correta que sempre vale a pena relembrar: jogue o lixo no lixo. A sujeira das ruas entope bueiros, o que provoca enchentes. As enchentes atrapalham o trânsito e causam engarrafamentos.

Os engarrafamentos fazem com que muitas pessoas fiquem mal-humoradas, e por aí vai. O ciclo não para. Mas a boa notícia é que as coisas são assim também do jeito inverso: uma boa ação gera outra boa ação, que gera outra, que gera outra... Então, é só começar!

Gentileza digital

domingo, junho 03, 2018

A talentosa rapper Mana Black surge na cena goiana, com uma linguagem engajada e manifestos criativos!

Dinalva Heloiza

O Rap é um estilo musical raro, onde a importância da linguagem se faz maior que o conjunto melódico ou seu contexto harmônico. O próprio significado do termo Rap tem origem no neologismo popular do inglês ao acrônimo entre rhyme and poetry, ou rima e poesia. Porém, apesar da associação com poesia e ritmo, o significado não é um acrônimo em si, mas descreve uma fala rápida que precede a forma musical, com variações em ritmo, rima e poesia.

Confesso que demorei um pouco a aceitar o Rap como música, salvo por algumas exceções. Pois, até pouco tempo, observando sob a perspectiva do seu discurso político e qualitativo, pude perceber que alguns artistas perderam-se nessa perspectiva, prevalecendo o desmantelamento da ordem social, onde não cabia o protesto criativo e lógico, aquilo que nos faz pensar, ao contrário, tomava forma o simples discurso de ódio, sem conteúdo humano.

                                                               Rapper Mana Black

Mas como tudo evolui e sempre traz mudanças, e diga-se em sua maioria muito bem vindas, novamente confesso que venho me surpreendendo e muito nesse cenário. De uns tempos pra cá, creio que a partir de um maior protagonismo das mulheres na cena, o Rap se tornou mais vivo e criativo, em um bem elaborado contexto de protesto. 

sábado, junho 02, 2018

Em 2018 acontece a 20ª Edição do FICA - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, na cidade de Goiás, na programação, cinema ambiental, debates temáticos, shows com talentos do cenário nacional e regional!

Dinalva Heloiza

Em sua 20ª edição, o Fica – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, já tem data marcada a sua realização. Em 2018, o Festival acontece na semana que coincide com o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 05 de junho, data escolhida pela ONU e ONU Meio Ambiente,  com o objetivo de promover atividades de proteção e preservação do meio ambiente, e alertar as sociedades e governos de cada país sobre os perigos de negligenciarmos a tarefa de preservar os recursos naturais e ambientais, vitais a sobrevivência humana na Terra.

O Fica é um Festival que tem como instrumento de repercussão o cinema e as questões ambientais, nada mais justo que aconteça nesta data, como forma de promover e disseminar informações, estabelecendo uma consciência pública e coletiva, pelo bem comum da vida na Terra.

O Festival acontece de 5 a 10 de junho, na cidade de Goiás, cenário tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, título concedido pela UNESCO à cidade de Goiás, que detém um exuberante roteiro turístico de belezas e tradições históricas e culturais.

Ilustrando a 20ª Edição, foi escolhido a tela do artista plástico Marcelo Solá, intitulada “1999”, em alusão a primeira edição do Festival. O objetivo, segundo o artista, foi ilustrar as duas décadas de trajetória do Festival. Solá lembra que acompanhou entusiasmado o lançamento da 1ª Edição oportunidade em que ele era morador da cidade, quando assistiu a efervescência cultural que dominou o local, por onde transitavam pessoas de vários países discutindo cinema e sustentabilidade ambiental, lembra o artista.

                                               Tela de Marcelo Solá, trabalho que ilustra essa edição.

Em 2018 a Mostra Internacional Competitiva selecionou 22 produções, que concorrem a R$ 280 mil em prêmios. Nessa edição foram inscritos 355 produções, sendo 199 estrangeiras e 156 nacionais. Entre as produções brasileiras, 47 são goianas.

O Movimento ElesPorElas – HeForShe – sigla em inglês, uma visão em comum da igualdade de gênero, em benefício de toda humanidade.


Dinalva Heloiza – com informações da ONU Mulheres


Em um esforço global, para integrar o envolvimento do sexo masculino, desde homens a meninos, na superação das barreiras sociais e culturais que ainda impede mulheres de alcançar seu amplo potencial, a ONU Mulheres - Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres, lançou o movimento ElesPorElas – HeForShe – na sigla em inglês, como um contributo aos gêneros visando um novo modelo social em igualdade, tendo em parceria maior o contributo do homem junto a este desafio.


O alcance da igualdade de gênero requer uma abordagem inclusiva, que reconheça o papel fundamental de homens e meninos como parceiros dos direitos das mulheres e detentores de necessidades próprias baseadas na obtenção deste equilíbrio.

Neste cenário o movimento ElesPorElas – HeForShe - convoca homens e meninos como parceiros igualitários na elaboração e implementação de uma visão em comum da igualdade de gênero, o que beneficiará toda  a humanidade.

Desde seu lançamento que ocorreu em 20 de setembro de 2014, na sede das Nações Unidas em Nova York, centenas de milhares de homens em todo o mundo, incluindo Chefes de Estado, CEOs e celebridades globais de todas as esferas assumiram um compromisso com a igualdade de gênero.


Desde então o movimento ElesPorElas – HeForShe - foi o assunto na pauta de mais de 1,2 bilhões de conversas em mídias sociais, alcançando todos os recantos do globo. O objetivo é ambicioso, garantir o compromisso de um bilhão de homens em apoio à igualdade de gênero e ao empoderamento das mulheres, começando com uma mensagem positiva simples e rumo ao envolvimento mais profundo através da adoção de medidas específicas que contribuam com a perspectiva de uma grande mudança social.

domingo, novembro 26, 2017

Comissão Especial de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), apresenta Projeto de Lei para criação do Estatuto da Diversidade Sexual, a CDH do Senado Federal.

Dinalva Heloiza

Pelas mãos da presidente da Comissão Especial de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Maria Berenice Dias, foi entregue a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participava (CDH), senadora Regina Sousa (PT-PI), uma proposta de projeto a criação do  Estatuto da Diversidade Sexual, contendo propostas de Emendas Constitucionais.

O ato ocorreu na sala de reuniões da CDH, na manhã de quinta-feira (23), quando foram repassadas 100 mil assinaturas, colhidas ao longo de seis anos, em apoio ao projeto, que tem o objetivo de promover a igualdade sexual e coibir crimes contra a comunidade LGBTI.

                                                   Foto (Geraldo Magela - Agência Senado)

Regina Sousa elogiou a iniciativa das entidades ligadas aos movimentos em defesa da diversidade sexual e prometeu transformar em projeto de lei a proposta “que criminaliza a homofobia tal qual ocorreu com o racismo”, que foi então, encaminhada à Comissão, por meio do portal e-Cidadania.

Maria Berenice, da OAB, lamentou o fato de que o Brasil, ainda ocupe a posição do país que mais mata homossexuais no mundo. Só em 2017, morreram 372 pessoas, o que corresponde a uma morte a cada 21 horas. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) definiu a iniciativa como um “ato de resistência e de coragem”.

domingo, outubro 01, 2017

“Elas Fazem Cinema”, um projeto do GECI- dirigido pela mestra em História da UFG, Alcilene Cavalcante, destaca o protagonismo da mulher na sétima arte, e sua invisibilidade, diante um cenário em desigualdade de gênero.




Dinalva Heloiza



Destacar o protagonismo feminino nas telas do cinema nacional, com certeza não é uma tarefa fácil, mas quando essa narrativa envolve a discussão sobre igualdade de gênero, tendo as mulheres em papel de destaque, aí então, os desafios são bem maiores.

Da esq. para a direita, Superintendente Executiva da Mulher e Igualdade Racial, Glaucia Maria Teodoro, mestra Alcilene Cavalcante da UFG, eu, a diretora Tereza Trautman, professora da UEG e Tânia Castro, na abertura oficial da Mostra. (Fotos - Maria Ritha Ferreira da Paixão)


Neste cenário, ocorreu a 2ª Edição da Mostra “Elas Fazem Cinema” - Mostra de Filmes dirigidos por Mulheres, projeto idealizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisa de Gênero e Cinema da faculdade de História da UFG - GECI - dirigido pela mestra em História, professora Alcilene Cavalcante, coordenado por Patricia Guedes graduada em Audio Visual pela UFG.