Dinalva Heloiza
A jovem artista iniciou sua carreira em 2017 e até o momento conta com cinco músicas em seu repertório, três delas, já disponíveis em formato de videoclipes, podendo ser acessadas nas plataformas de vídeo, como o YouTube. São produções bem elaboradas com a assinatura da própria artista, onde ela desenvolveu também os roteiros e a direção, em uma parceria com a Fogateia Filmes.
Contatos e redes sociail:
Instagram: Mana Black
E-mail: manablackrapper@gmail.com
O Rap é
um estilo musical raro, onde a importância da linguagem se faz maior que o
conjunto melódico ou seu contexto harmônico. O próprio significado do termo Rap tem origem no neologismo popular do inglês ao
acrônimo entre rhyme and poetry, ou rima e poesia. Porém, apesar da associação com
poesia e ritmo, o significado não é um acrônimo em si, mas descreve uma fala
rápida que precede a forma musical, com variações em ritmo, rima e poesia.
Confesso que demorei um pouco a aceitar o Rap como música, salvo por algumas
exceções. Pois, até pouco tempo, observando sob a perspectiva do seu discurso
político e qualitativo, pude perceber que alguns artistas perderam-se nessa
perspectiva, prevalecendo o desmantelamento da ordem social, onde não cabia o protesto
criativo e lógico, aquilo que nos faz pensar, ao contrário, tomava forma o
simples discurso de ódio, sem conteúdo humano.
Rapper Mana Black
Mas como tudo evolui e sempre traz mudanças, e diga-se em sua maioria muito
bem vindas, novamente confesso que venho me surpreendendo e muito nesse
cenário. De uns tempos pra cá, creio que a partir de um maior protagonismo das
mulheres na cena, o Rap se tornou mais vivo e criativo, em um bem elaborado
contexto de protesto.
Essa vibração surge com o ritmo musical e principalmente por sua linguagem
de protesto. O Rap entra na cena musical, com variações surpreendentes em sua
linguagem, prevalecendo um alerta aos direitos humanos, a justiça social, a igualdade
de gênero, enfim, se colocando como um forte instrumento de protesto e fomento
a vontade política, mediante necessidades e anseios de uma sociedade, que
deseja ter legitimado o atendimento de suas necessidades, em especial as
mulheres, os afrodescendentes e a comunidade LGBTTI.
Mas claro que existem também os talentos que protagonizam esse cenário. E
como cidadã goianiense, em muito me orgulho em conhecer e reconhecer algumas protagonistas dessas mudanças, principalmente porque surge nesse cenário uma
grande promessa nacional, e porque não dizer internacional, uma jovem que com um pouco mais de maturidade em sua arte, com toda a certeza o céu será o limite.
Com indiscutível talento, tanto em linguagem quanto em desempenho a cena goiana nos brinda, com uma forte representante da mulher negra e feminista nata, uma jovem
que utiliza o Rap de protesto, como instrumento de um discurso bem elaborado, o
que nos faz pensar em quanto ainda temos por fazer. Estou falando do talento de
Maísa Pâmela, a Rapper Mana Black.
Mana Black surge na cena independente do estilo Rap, com um talento
assustador aos incautos de plantão. Detentora de uma performance que incorpora a força
autoral e revela a qualidade dos seus discursos, Mana Black desenvolve um trabalho onde ela bem utiliza seu discurso como um manifesto, transitando entre a força de sua linguagem e uma performática atuação que também lhe concede o talento de atriz e modelo, atividades que também mantém em
cenário local.
Através da linguagem do Rap, Mana Black em seu trabalho autoral, destaca a resistência e representatividade da mulher negra, com fundamentos
de um discurso bem elaborado, onde ela se coloca em cena contra os estigmas da opressão
social, em especial em combate ao machismo e racismo, preconceitos que
infelizmente ainda se manifestam em sociedade.
A jovem artista iniciou sua carreira em 2017 e até o momento conta com cinco músicas em seu repertório, três delas, já disponíveis em formato de videoclipes, podendo ser acessadas nas plataformas de vídeo, como o YouTube. São produções bem elaboradas com a assinatura da própria artista, onde ela desenvolveu também os roteiros e a direção, em uma parceria com a Fogateia Filmes.
O último videoclipe gravado por Mana Black é intitulado “Manas de Poder” aborda a união,
resistência e militância entre as mulheres. Os outros videoclipes que se
destacam em seu repertório são: “Pisando
no Ego” e “Machistas não Passarão”.
A Rapper em um ano de atuação já se apresentou nos palcos da UFG –
Universidade Federal de Goiás; SESC – Serviço Social do Comércio; Sarau das Minas
que acontece no delicioso Evoé Café com Livros; também já se apresentou nos
palcos da Diablo Pub e Roxy; na cena do Chorinho que ocorre todas as sextas
dentro do projeto, “Grande Hotel vive o Choro”; junto ao Galpão Complexo
Criativo; e no Sarau da Bal, dentre outros.
Karol Conka e Mana Black
Mais recente, Mana Black foi convidada a subir no palco onde se
apresentava a super talentosa Karol Conka, momento em que a artista interpretou
um de seus hits mais consagrados em cenário goiano, “Machistas não Passarão”, o
evento ocorreu durante o 42º CONUBES – Congresso da União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas, que aconteceu em Goiânia, em final do ano de 2017.
Veja a seguir alguns dos videoclipes de Mana Black.
"Machistas não Passarão"
"Pisando no Ego"
"Manas de Poder"
Instagram: Mana Black
E-mail: manablackrapper@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui o seu comentário sobre esse artigo: