Dinalva Heloiza
Destacar o protagonismo feminino nas telas do cinema nacional, com certeza não é uma tarefa fácil, mas quando essa narrativa envolve a discussão sobre igualdade de gênero, tendo as mulheres em papel de destaque, aí então, os desafios são bem maiores.
Da esq. para a direita, Superintendente Executiva da Mulher e Igualdade Racial, Glaucia Maria Teodoro, mestra Alcilene Cavalcante da UFG, eu, a diretora Tereza Trautman, professora da UEG e Tânia Castro, na abertura oficial da Mostra. (Fotos - Maria Ritha Ferreira da Paixão)
Vale ressaltar os desafios enfrentados e determinação empenhada na construção do GECI - que surgiu a partir de encontros da pós-graduação em História e das Narrativas Audiovisuais da FH da UFG, os quais floresceram e junto a disciplina de Gênero e Sexualidade no Cinema, ministrada pela professora Alcilene Cavalcante, frutificaram-se em ideia e de imediato, tornou-se a urgência do grupo de voluntárias que trabalharam incansavelmente na consolidação da primeira edição da Mostra de Filmes dirigidos por Mulheres, que ocorreu em 2016.
A esq, diretora Tereza Trautman na apresentação de seu filme "Os homens que tive" (Fotos Maria Ritha)
Da esq. para a direita, Chefe de gabinete, Maria de Fátima Arantes Pires, diretora de animação Rosaria, Superintendente da Pasta, Glaucia Maria Teodoro, mestra Alcilene Cavalcante e Cecília Mello. (Fotos Maria Ritha)
A 2ª Mostra celebrou também o Centenário do Cinema de Animação, que contou com a presença da diretora Rosaria Maria Tavares, quando foi apresentada uma sessão inédita de curtas metragens de animação dirigidas por mulheres, o que ocorreu no último dia da Mostra, na Superintendência de Políticas para Mulheres, que integrou o encerramento do Projeto Agosto Lilás, com um posterior debate, que contou com a presença da Superintendente da pasta, Drª Glaucia Maria Teodoro, a professora Alcilene Cavalcante, a chefe de gabinete da Secretaria Cidadã, Maria de Fátima Arantes Pires, e a diretora Rosaria, com a participação do público presente.
Mostra fotográfica "Quadro à Quadro" de Guaralice Paulista (Fotos Maria Ritha)
Público que prestigiou a estréia oficial da Mostra.
A esq. Superintendente Executiva Gláucia Maria Teodoro, e Tânia Castro. (Fotos Maria Ritha)
Diretora Rosaria, e Glaucia Maria (Fotos Maria Ritha)
A esq, Guaralice Paulista ao lado da Professora Alcilene Cavalcante e professora da UEG. (Fotos Maria Ritha)
Além da ampla programação apresentada pela Mostra, que integrou curtas, longas e animação, a estreia desta edição trouxe a Exposição Fotográfica da artista Guaralice Paulista, com o título “Quadro a Quadro”, a arte de Guaralice é pioneira na Fotografia de Still, junto ao cinema goiano.
Promoção do Filme de Tereza Trautman - Os Homens que eu tive
O filme apresentado na abertura oficial foi a produção de 1973, da diretora Tereza Trautman, “Os Homens que Eu Tive”- inicialmente a protagonista do filme, Pity, seria interpretado na época pelo talento de Leila Diniz, que morreu em um acidente de aviação pouco antes das filmagens, sendo então substituída por Darlene Glória.
A trama gira em torno de uma mulher, jovem e liberal casada há quatro anos, com Dode, interpretado por Gracindo Júnior, com o qual mantêm relações extraconjugais com a tácita aquiescência um do outro. Pity tem um amante, Sílvio, e os três passam tanto tempo juntos que decidem oficializar o triângulo.
Na época, quando prevalecia o regime militar, onde a política da ditadura impunha uma censura moral, amplamente praticada no Brasil, e esta, visava produções vistas como não adequados aos padrões vigentes do regime. Foi a partir da produção de Os Homens que eu tive, que a jovem cineasta Tereza Trautman, viu seus sonhos naufragarem em 1973, através de um ato da censura, levando a interdição do filme, quando a película ainda transitava em circuito de lançamento, se tornando este, um elemento representativo da arbitrariedade com base na moral e nos bons costumes, praticados durante o golpe militar.
Promoção do Filme de Rosaria - O Projeto de Meu Pai. de Rosaria Esteves
Já a animação de Rosaria Maria Esteves, "O Projeto de Meu Pai", é centrada em confissões autobiográficas, o curta metragem se destacou como o filme mais premiado no 24º Anima Mundi. A animadora, radicada no estado do Espírito Santo foi premiada nas categorias melhor curta do Festival, melhor curta Brasileiro e na aquisição Canal Brasil, pelo júri popular.
A Mostra realizou a exibição de 24 filmes, seis debates, uma exposição fotográfica, e um ateliê de Desenho Animado Leitura e Intervenção Cinematográfica, o público que participou efetivamente da Mostra já espera a 3ª Edição, com boas expectativas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui o seu comentário sobre esse artigo: