quarta-feira, junho 01, 2016

Violência contra a mulher deve ter tolerância zero, diz Secretário-Geral da ONU

No dia que marca a luta pela eliminação da agressão contra mulheres e meninas, Ban Ki-moon pede engajamento e ação de todos

Em 25 de novembro, Dia Internacional para Eliminação da Violência contra a Mulher, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, faz um apelo para que governos e parceiros em todo o mundo aproveitem a energia, as ideias e a liderança dos jovens para ajudar a por fim a este tipo de violência em busca de um mundo mais justo, pacífico e equitativo.

Em mensagem divulgada sobre o tema, Ban lembra que a agressão contra mulheres e meninas tem muitas formas - violência doméstica, assédio no trabalho, abusos na escola, mutilação genital e violência sexual durante conflitos armados - e é generalizada. “Seja em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, a perversidade desta violência deve chocar a todos. A violência – e, em muitos casos, a simples ameaça da mesma – é uma das barreiras mais significantes para a plena igualdade das mulheres”, alertou Ban.


A preocupação com o tema motivou o Secretário-Geral a lançar, em 2008, a campanha UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres, centrada no direito das mulheres e meninas de viverem livres da violência. Desde então, a iniciativa tem mobilizado governos, sociedade civil, setor corporativo, atletas, artistas, mulheres, homens e jovens em todo o mundo.

“Nosso desafio é assegurar que a mensagem de ‘tolerância zero’ seja ouvida em todas as partes. Para fazer isso, precisamos engajar toda a sociedade – especialmente os jovens. Em particular, jovens homens e meninos devem ser incentivados a se tornarem os defensores que precisamos. Nós precisamos promover modelos saudáveis de masculinidade. Muitos homens jovens ainda crescem cercados por estereótipos masculinos ultrapassados. Ao falar com amigos e colegas sobre a violência contra mulheres e meninas, e ao agir para acabar com a mesma, eles podem ajudar a quebrar o comportamento enraizado de gerações”, acredita o Secretário-Geral da ONU.

Seminário sobre segurança

A violência contra a mulher também esteve em discussão durante o seminário internacional Segurança Pública e Governança Democrática, que acontece em Brasília. Um dos painéis do evento, foi dedicado ao Programa Conjunto “Segurança com cidadania: prevenindo a violência e fortalecendo a cidadania, com foco em crianças, adolescentes e jovens em condições vulneráveis nas comunidades brasileiras”, desenvolvido pela ONU.

O programa está sendo implementado em três municípios: Lauro de Freitas (BA), Contagem (MG) e Vitória (ES). Registros oficiais mostram que a região metropolitana de Vitória tem uma das mais altas taxas de violência contra a mulher entre os municípios brasileiros, segundo o secretário municipal de Cidadania e Direitos Humanos, João José Sana. “Vivemos em uma sociedade patriarcal e machista, que infelizmente ainda está longe de superar esse grande problema”, avalia Sana.

De acordo com o secretário, a sensibilidade do tema para o município, identificada no diagnóstico integral que está sendo preparado como uma das etapas do Programa Conjunto, tem motivado o interesse de Vitória em aderir à campanha UNA-SE.


O seminário contou com a participação de conferencistas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México, e tem como objetivo a troca de experiências entre os países nas questões relacionadas à segurança. O evento foi uma realização do Núcleo de Estudos sobre Violência e Segurança da UNB, em parceria com o Programa Jovem de Expressão, o Ministério da Justiça, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o Fundo Espanhol para o Alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (MDG-F).

Fonte: ONU/PNUD

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